0016-Conhecer e Aplicar o Evangelho de Jesus

E todas as religiões Cristãs não propõem isso? Claro que sim.

Nós seguimos os passos que Jesus propõe nos Evangelhos?  Aí a diferença.

Até mesmo no Movimento Espírita encontraremos equívocos doutrinários em suas práticas.

É preciso que o Evangelho de Jesus seja conhecido, sentido, vivido e aplicado para que estejamos verdadeiramente nos dirigindo para a felicidade.

O livro Nosso Lar e sua coleção vão nos mostrar alguns exemplos de estarmos em uma religião cristã e exercermos uma prática verdadeiramente cristã.

É preciso termos uma fé operante. A fé inoperante, por conta do nosso egoísmo, tem promovido muita infelicidade entre nós.

Vejamos o que o próprio Espírito Emmanuel em outra obra nos esclarece sobre a nossa falta de ação produtiva para desenvolvemos nossa sabedoria e nosso amor:

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“Assim também a fé, se não tiver as obras, é morta em si mesma.” - (TIAGO, capítulo 2, versículo 17.)

A fé inoperante é problema credor da melhor atenção, em todos os tempos, a fim de que os dis­cípulos do Evangelho compreendam, com clareza, que o ideal mais nobre, sem trabalho que o mate­rialize, a benefício de todos, será sempre uma so­berba paisagem improdutiva.

Guardar, pois, o êxtase religioso no coração, sem qualquer atividade nas obras de desenvolvimen­to da sabedoria e do amor, consubstanciados no serviço da caridade e da educação, será conservar na terra viva do sentimento um ídolo morto, sepul­tado entre as flores inúteis das promessas brilhantes.

Mensagem 39 FÉ INOPERANTE do Espírito Emmanuel, do livro FONTE VIVA, psicografia do Médium Francisco Cândido Xavier. Editora FEB

O  Espiritismo em seu tríplice aspecto não pode ser exercido sem a aplicação do bem  aos nossos semelhantes e a nós mesmos.

A compreensão do nosso papel dentro da Criação Divina depende da compreensão desses três aspectos do Espiritismo

O aspecto filosófico analisa a Criação Divina, explicando porque Deus criou o homem, qual é a sua origem e sua destinação, refletindo sobre as causas da felicidade e infelicidade humanas.

O aspecto científico fornece comprovações a respeito da natureza e imortalidade do Espírito; a influência exercida pelos Espíritos e o intercâmbio mediúnico estabelecido entre  encarnados e desencarnados.

O aspecto religioso trata das consequências morais do comportamento humano, definido pelo uso do livre arbítrio e governado pela lei de causa e efeito.

É no aspecto religioso que o homem descobre que seu comportamento, para se harmonizar com as Leis Naturais, precisa domar as suas paixões, fazer escolhas que contribua com a Criação, e, que há consequências.

O aspecto científico revela os testemunhos, com provas irrecusáveis, as consequências dos nossos atos. O aspecto filosófico nos faz compreender a importância de buscarmos nos melhorar intelectualmente e moralmente dentro dos limites de compreensão do nosso nível evolutivo.

Na conclusão do O Livro dos Espíritos vamos encontrar uma observação importante para esse entendimento:

"O Espiritismo se apresenta sob três aspectos diferentes: o fato das manifestações, os princípios de filosofia e de moral que delas decorrem e a aplicação desses princípios. Daí, três classes, ou, antes, três graus de adeptos:

Primeiro, os que creem nas manifestações e se limitam a comprová-las; para esses, o Espiritismo é uma ciência experimental;

Segundo, os que lhe percebem as consequências morais;

Terceiro, os que praticam ou se esforçam por praticar essa moral.

Qualquer que seja o ponto de vista, científico ou moral, sob que considerem esses estranhos fenômenos, todos compreendem constituírem eles uma ordem inteiramente nova de ideias, cujas consequências não podem deixar de ser uma profunda modificação no estado da humanidade. Compreendem também que essa modificação se dá exclusivamente no sentido do bem."

Item VII da Conclusão do O Livro dos Espíritos - Allan Kardec