Estudo Proposto
De início, as lágrimas lavavam-me incessantemente o rosto e apenas, em minutos raros, felicitava-me a bênção do sono. Interrompia-se, porém, bruscamente, a sensação de alívio. Seres monstruosos acordavam-me, irônicos; era imprescindível fugir deles.
Capítulo 1 - Livro Nosso Lar - André Luiz
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Benção do Sono. Minutos de alívio. Lágrimas
Qualquer momento de meditação superior gera imediatamente um alívio ao Espírito que sofre nessas regiões. As lágrimas momentâneas lhe abençoava com o repouso. Dormir não é um privilégio para quem está nessas regiões. Espíritos malfazejos desejosos de dominação e perturbação não permitem qualquer ensejo de paz. Por isso André Luiz se movimentava em uma viagem sem fim.
Acreditamos que cada minuto de lágrimas do André é uma expressão da mente que acumula forças para raciocinar. Sentimentos que mudam e faculta a saída desse sofrimento temporário. O problema do André Luiz não é o ambiente externo, é o seu ambiente interior.
O fato do Espírito desencarnado poder dormir parece algo novo.
Espírito cansa? Espírito precisa repousar?
Veremos com mais detalhe no futuro quando estivermos estudando os capítulos da obra Nosso Lar, como é o sono dos Espíritos.😴
Se o André Luiz tivesse qualquer conhecimento religioso mais aprofundado sobre o Evangelho de Jesus e sua Moral, teria praticado em vida a Oração Arando e teria Arado Orando, o que lhe permitiria combater essa cegueira voluntária do orgulho que lhe impede de lembrar que ele mesmo ocasionou seu estado. Mas, se assim tivesse feito o André Luiz certamente não estaria ali sofrendo.
André Luiz começa a compreender porque está ali.
"Reconhecia, agora, a esfera diferente a erguer-se da poalha do mundo e, todavia, era tarde. Pensamentos angustiosos atritavam-me o cérebro. Mal delineava projetos de solução, incidentes numerosos impeliam-me a considerações estonteantes. Em momento algum, o problema religioso surgiu tão profundo a meus olhos. Os princípios puramente filosóficos, políticos e científicos, figuravam-se-me agora extremamente secundários para a vida humana. Significavam, a meu ver, valioso patrimônio nos planos da Terra, mas urgia reconhecer que a humanidade não se constitui de gerações transitórias e sim de Espíritos eternos, a caminho de gloriosa destinação. Verificava que alguma coisa permanece acima de toda cogitação meramente intelectual. Esse algo é a fé, manifestação divina ao homem."
Capítulo 1 - Livro Nosso Lar - André Luiz
Quanto tempo o André Luiz perdeu em debates filosóficos intermináveis? Quanto tempo nós perdemos na experiência da vida acumulando recursos de conhecimentos intelectuais e conhecimentos morais sem a aplicação dos mesmos em proveito do próximo e de nós mesmos?🙄
Mergulhamos no orgulho e nos prendemos aos vícios morais e materiais muitas vezes, acreditando que por estarmos nesta ou naquela religião estaremos resolvendo o problema da fé e da salvação.
André estava sofrendo da síndrome da mente acelerada. Não conseguia fixar uma única ideia sem que outra lhe viesse à mente. Quando acalmou a mente conseguiu refletir a causa do seu estado atual.
Será que esse momento de calma de André Luiz, não teria a participação da sua Mãe e de outros Espíritos? Eu acho que sim. Como veremos no decorrer da obra que sua mãe e outros nunca o abandonaram.
No Evangelho Segundo o Espiritismo encontramos que Fé inabalável só o é a que pode encarar frente a frente a razão, em todas as épocas da Humanidade. Na Revista Espírita de 1869 veremos essa citação:
«Em vez da fé cega, que anula a liberdade de pensar, ele diz: Não há fé inabalável, senão a que pode encarar face a face a razão, em todas as épocas da Humanidade. À fé, uma base se faz necessária e essa base é a inteligência perfeita daquilo em que se tem de crer. Para crer, não basta ver, é preciso, sobretudo, compreender. A fé cega já não, é para este século. É precisamente ao dogma da fé cega que se deve o ser hoje tão grande o número de incrédulos, porque ela quer impor-se e exige a abolição de uma das mais preciosas faculdades do homem: o raciocínio e o livre-arbítrio.» .
Revista Espírita de 1869.
Fé. Eis ai o problema e a solução dependendo do ponto de vista. O que entendemos por fé? Era essa fé que André Luiz sentia falta nesse momento de dor, para encarar com a razão o momento que passa. Mesmo sem o saberem como é o plano espiritual, as religiões sempre divulgaram a existência de um local para os homens que praticassem o mal e para os que praticassem o bem. Lugares distintos.
Cada uma religião criou sua própria regra para a salvação. Sem discussão. Impondo uma fé sem explicação daquilo que se crê. Sem a análise da Ciência e do questionamento filosófico, sem a necessidade de criar uma relação com Deus e as criaturas através do respeito ao direito do próximo.
André Luiz infelizmente para ele e para muitas criaturas encarnadas na Terra, só fez ou farão essa análise tarde demais, quando na colheita das consequências dos seus atos. André Luiz reconhece a perda de tempo na sua vivência inativa da religião que seguia, mesmo conhecendo seus fundamentos morais.
Perdeu tempo em discussões filosóficas, políticas e científicas, sem nunca analisar a essência espiritual do ser. A espiritualidade era secundada pelos problemas puramente da esfera dos encarnados.
Se somos eternos qual a razão de perdermos tempo em discussões que ficam aqui na dimensão material, sem nenhum proveito para a vida espiritual?🤦♂️
Veremos no próximo estudo as consequências de conhecer o Evangelho de Jesus sem a prática.
Um grande abraço a todos e a todas! Saúde e muita paz!😉🤩